A Ayurveda é uma medicina indiana milenar que cuida da relação entre o homem e a natureza, sendo esta a fonte principal de manutenção e cura da saúde. O termo ayurveda vem da antiga língua indiana sânscrito, onde Ayus significa vida e Veda conhecimento ou sabedoria. A sabedoria da vida data de cerca de 5 mil anos atrás, época onde encontramos o registro da mais antiga cultura e descoberta até hoje, a dos Harappas, originada entre 3.000 a.C. e 5.000 a.C., seguindo o nome dado a uma das principais cidades integrantes da civilização védica, uma civilização avançada que habitava as margens dos rios Ganges e Sarastavi.

Foi nesse período que os quatro Vedas, hinos revelados que discursam sobre os costumes, crenças e o modo de vida desta civilização, surgiram. Os Vedas representam a literatura mais antiga que se tem conhecimento e, certamente, um dos mais importantes legados para a humanidade, em todas as suas eras. Por volta de 3.100 a.C., cidades proeminentes como Harappa, Mohenjo-Daro, Merhgarh, e outros assentamentos, foram abandonados. Especula-se que a queda da civilização védica foi puramente devido a desastres naturais, mas ainda são teorias.

Os Vedas preservados pelos Brahmins, a classe dos sacerdotes, professores e protetores das escrituras sagradas, tem uma tradição oral que remonta há 10 mil anos, tendo sido escrita há seis mil anos. Essa literatura védica abrange quatro partes: Rig-Veda (hino às divindades), Yajur-Veda (formas sacrificiais), Sama-Veda (ciência musical) e Atharva-Veda (orações místicas e simbologia esotérica).

O Atharva-Veda resulta em uma compilação de hinos recebidos pelos Rishis, que viviam em completa conexão com a natureza e em elevados estados meditativos, compartilhando de uma alta conexão com a Consciência Maior. Tais hinos destinam-se à cura de doenças, harmonia e prosperidade. Acredita-se, portanto, que, com a ajuda do Atharva-Veda e da civilização dos Harrapas, o Ayurveda começou a se desenvolver. Durante esse período, a Índia desfrutava de sua Era de Ouro, onde um período de abundante aprendizado e conhecimento florescia e começava a ser transmitido entre mestres e discípulos, se espalhando por todo o território. O início da era medieval indiana (1.000-1.800 d.C.) também marcou o início do infeliz declínio do Ayurveda. Nos séculos seguintes, a tradição do Ayurveda não viu muitos avanços médicos, se comparada à do seu passado. Sua popularidade foi se perdendo devido às calamidades naturais e humanas e, em parte, devido à invasão do património cultural da Índia. Durante o período britânico, juntamente a tudo nativo, a sabedoria da vida foi considerada inferior e antiga, e gradualmente foi arrasada pela medicina ocidental. Mas não desapareceu. Em vilas afastadas, médicos tradicionais continuaram praticando sua medicina no povo rural. E nos monastérios budistas, que sempre foram santuários de aprendizagem médica, a sabedoria da vida foi adotada e mantida.

No século XX, a independência da Índia em 1948 trouxe com ela o renascimento gradual dos tradicionais métodos de cura. Com a ascensão do nacionalismo indiano, a arte e a ciência indianas ressurgiram e o Ayurveda voltou a renascer. Atualmente é um dos seis sistemas médicos reconhecidos na Índia: Ayurveda, alopatia, homeopatia, naturopatia, Unani, Siddha (variedade de Ayurveda praticada ao sul da Índia).

Se interessou? Quer saber mais sobre o Ayurveda e todos os benefícios que essa prática pode trazer para sua vida? Conheça a Sri Sri School of Ayurveda, que forma terapeutas ayurvédicos, ministrado pelas maiores autoridades em Ayurveda do mundo e você pode estudar de onde quiser, a hora que preferir. O melhor do ensino à distância, combinado com estágios presenciais. Acesse aqui e traga mais da sabedoria da vida para dentro de você!